Concebido e dirigido por Leo Henkin e Jader Cardoso, o espetáculo reúne a talentosa Orquestra de Câmara da Ulbra, sob a habilidosa batuta de Tiago Flores.
Embarque em uma jornada nostálgica através do tempo, envolva-se nas músicas marcantes e mergulhe nas décadas de 1960 e 1970. Um espetáculo musical notável, intitulado “A Era dos Festivais”, está prestes a reavivar as memórias da MPB, trazendo à tona o contexto social e político do Brasil da época.
Uma iniciativa concebida e dirigida por Leo Henkin e Jader Cardoso, o espetáculo reúne a talentosa Orquestra de Câmara da Ulbra, sob a habilidosa batuta de Tiago Flores.
Entretanto, vai além do entretenimento musical, oferecendo um panorama histórico enriquecedor. O renomado pesquisador da MPB, Flávio Azevedo, liderará a apresentação, transformando-a em uma aula-espetáculo, na qual cada música e artista serão contextualizados em relação ao ambiente cultural do Brasil da época.
A pesquisa toma como base principal o livro “A Era dos Festivais”, de Zuza Homem de Mello, entre outras fontes.
“Esta será uma chance de reviver aquelas noites icônicas, experimentando o prazer quase real de estar lá, ao vivo – só que agora, com aprimoramentos técnicos e, claro, sem as notórias vaias! Afinal, todas as músicas que ouviremos conquistaram a vitória e entraram para o panteão da MPB, eternizadas em nossa memória”, disse Flávio Azevedo ao site Turbinado.
O propósito é claro: resgatar as canções fundamentais que deram vida aos festivais e contribuíram para a evolução contínua da MPB, protegendo assim, um tesouro cultural de valor inestimável que se integra à história do país.
Paralelamente, o espetáculo almeja apresentar às gerações presentes o fervor cultural de uma era na qual a Bossa Nova, o Samba e a Jovem Guarda coexistiram, engendrando as notas de protesto e os tons da Tropicália por meio dos festivais.
A História dos Festivais
Os Festivais desse período foram catalisadores essenciais para revelar artistas que ainda hoje brilham na MPB, tais como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Milton Nascimento, Elis Regina, Rita Lee, Edu Lobo e Geraldo Vandré, entre outros gigantes.
Durante aquela época, as canções não eram apenas canções, mas também, bandeiras onde os artistas podiam transmitir posicionamentos em relação ao cenário político do país. As letras frequentemente eram enigmáticas, servindo como mensagens cifradas para escapar da censura, embora claras o suficiente para o público que compreendia o código, ou ao menos acreditava compreender.
O advento da televisão como meio de massa, cuja influência se solidificou especialmente a partir dos anos 1960, desempenhou um papel crucial na promoção dos festivais e artistas, permitindo que suas músicas fossem conhecidas por um público vasto.
Esse público se engajava ativamente, torcendo por suas favoritas e vaiando aquelas que desafiavam a ascensão de suas escolhidas. São canções que ainda residem na memória afetiva de uma considerável parcela da população, até os dias atuais.




